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sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Peru- A espera por um milagre

O governo peruano informou que espera dos EUA (...) a regulamentação exigida para implementar o tratado de livre comércio com o Peru. O lucro do setor peruano de mineração caiu entre 50% e 60% em 2008 em comparação com o ano anterior (...).Luis Valdivieso, ministro peruano da Fazenda e Economia, pediu demissão após seis meses no cargo (...).Uma mudança ambiental radical -com terremotos e inundações- é o que provavelmente aniquilou a cultura de Caral-Supe, no Peru, uma das primeiras grandes civilizações sul-americanas. Um estudo publicado hoje mostra como esse povo, que ocupou o norte do país por 2.000 anos, abandonou a região de forma abrupta, em apenas 200 anos. O principal fator foi uma alteração natural no ciclo climático ocorrida há 3.600 anos, com intensos El Ninõs, diz um estudo publicado hoje na revista "PNAS", liderado pelo antropólogo Daniel Sandweiis, da Universidade do Maine (EUA). (...)

Foto: Presidente Lula e o Presidente do Peru Alan García

Fonte: The New York Times, 2009

ex-presidente de Cuba Fidel Castro, texto para empresa

Fidel analisa Obama e diz que poderá não ver fim do mandato.

Convalescente Fidel Castro assinou seu primeiro texto para a imprensa cubana desde que se intensificaram os boatos sobre a piora de sua saúde. Na "reflexão" postada anteontem num site oficial, ele disse não duvidar de que Barack Obama se expressa com honestidade, mas que há "muitas perguntas" sobre seu governo."[Eu] me perguntava: como poderia um sistema esbanjador e consumista por excelência preservar o ambiente?", escreveu, em referência à promessa do presidente dos EUA de combater o aquecimento global.O texto do ex-ditador versou sobre o encontro dele com a presidente argentina, Cristina Kirchner, anteontem, primeiro compromisso seu noticiado em quase dois meses. Ontem, Cristina disse na Venezuela que o cubano a recebeu "de pé, como um cavalheiro".O encontro e o texto vieram após rumores de que Fidel, afastado do poder desde 2006 e substituído pelo irmão, Raúl Castro, estaria à beira da morte.Em novo texto publicado na internet ontem à noite, Fidel faz referência indireta aos boatos. Ele assegura que está bem, mas diz que não espera estar vivo quando Obama completar o mandato, daqui a quatro anos. E pede ao atual governo cubano que siga trabalhando. "Estou bem, mas insisto: nenhum deles deve se sentir comprometido por minhas eventuais Reflexões, minha gravidade ou minha morte", escreveu, referindo-se aos funcionários do Partido Comunista e do Estado.Fidel explica que ficou um tempo sem escrever "para não interferir nem causar estorvo aos companheiros do Partido e do Estado nas decisões frequentes que devem tomar".

Fonte: Folha de São Paulo, 23/01/2009.

Presidente colombiano Álvaro Uribe


Os setores público e privado da Colômbia planejam gastar US$ 24,6 bilhões em projetos de infra-estrutura em 2009, o equivalente a 10,7% do PIB, informou o governo.
Foto: Álvaro Uribe
Fonte:The Wall Street Journal Americas, 2009

Presidente boliviano


Morales celebra três anos no poder.....

No último dia de campanha para aprovar uma nova Constituição, que vai a referendo neste domingo, o presidente boliviano, Evo Morales, lançou um jornal estatal, fez no Congresso um balanço sobre seus três anos de governo, voltou a se indispor com a representação diplomática dos EUA e admitiu que dificilmente alcançará a meta de "cocaína zero".No primeiro compromisso, às 7h30 da manhã, Morales apresentou no Palácio Quemado, em La Paz, o jornal "Cambio" (mudança), sua resposta ao difícil relacionamento com os meios privados -no mês passado, o presidente boliviano disse que apenas "10% dos jornalistas devem ter dignidade".O novo jornal tem uma circulação nacional diária de apenas 5.000 exemplares, num país com cerca 9 milhões de habitantes, a um preço equivalente a R$ 0,66, menos da metade de seus concorrentes.Na capa, uma foto de Morales acompanhado de crianças e a manchete "Bolívia caminha para a sua refundação". Dentro, o destaque era uma entrevista com o próprio presidente - a pergunta mais crítica era "Na avaliação dos três anos de sua gestão, o que o senhor poderia mencionar de ruim?"."Agressões, humilhações e mentiras após mentiras de alguns meios de comunicação nos obrigaram a criar este diário", disse Morales ontem. Para ler o texto completo clique aqui

Foto: Hugo Chavez, Fidel Castro e Evo Morales.
Fonte: Fabiano Maisonnave
Folha de São Paulo,2009.

Augusto César Sandino (1893-1934)


Ex-cortador de cana e mecânico, foi trabalhando nas minas de ouro e prata que Sandino conheceu a realidade da população mais pobre da Nicarágua, bem como percebeu que a economia e a política de seus país eram dominadas pelos EUA, por meio de empresas e governos tampões. A dura vida nas minas e a repressão do exército contra as revoltas dos mineiros foram gerando a consciência revolucionária e opositora aos norte-americanos no jovem Sandino, até que, em 1926, ele iniciou um movimento guerrilheiro na região mineradora, ao norte do país. Depois de uma série de derrotas, os guerrilheiros conseguiram se recuperar e vencer as forças militares enviadas pelo governo, avançando em direção ao centro. Ao mesmo tempo, os camponeses dos latifúndios de café da região sul, e os trabalhadores da capital, Manágua, se levantaram em apoio a Sandino. Os lemas revolucionários eram expulsar os norte-americanos da Nicarágua e melhorar as condições de vida da população.
Diante da intensa movimentação e da ameaça de perder seu domínio, os EUA intensificaram a repressão contra a Nicarágua, exigindo que o governo eliminasse os focos guerrilheiros ao mesmo tempo que enviava tropas para combatê-los. De tão dura e violenta, a ação norte-americana provocou protestos na própria opinião pública do país, levando os EUA a promover uma retirada estratégica do país. No entanto, deixaram como herança a Guarda Nacional, um corpo militar que garantia o poder yankee em território nicaragüense comandada à época por Anastacio Somoza.
Fonte: Klepsidra.net

Simón Bolívar (1783 – 1830)

Apesar de fazer parte do século XIX, é impossível falar de América Latina sem se falar de Simón Bolívar. Conhecido como El Gran Libertador, Bolívar foi o primeiro líder a defender e buscar uma unidade latino-americana. Filho de comerciantes que residiam na atual Venezuela, Bolívar teve uma vida cercada de luxos e conforto. Ainda jovem, foi enviado à Europa para estudar, tomou contato com os ideais libertários da Revolução Francesa e, em 1807, voltou à Venezuela, disposto a organizar batalhões militares para promover a independência da colônia. Após combates de dois anos, favorecidos pela fraqueza do exército espanhol, cuja maioria fora enviada para lutar contra a invasão napoleônica na Espanha, Bolívar libertou a Venezuela em 1809. Seu sonho, agora, era expandir a liberdade para todo o continente. Para tanto, formou novos exércitos e aliou-se a militares que já promoviam movimentos de libertação em outras comarcas, como o uruguaio José Artigas e o argentino José de San Martín. Recrutando populares como soldados e dividindo as áreas de atuação, os três generais gradualmente proclamaram a independência dos territórios, até a expulsão definitiva dos espanhóis.

Foto: Simón Bolívar

Fonte: Klepsidra.net

Revolução Peruana


O caso peruano foi atípico em todos os sentidos, e gera diferentes interpretações até hoje na historiografia do país. Em outubro de 1968, uma junta militar liderada pelo general Juan Velasco Alvarado derrubou o presidente Belaúnde Terry e instalou-se no poder. Seu lema, expresso no "Estatuto do Governo Revolucionário", se resumia a três pontos: tornar a estrutura do Estado mais dinâmica para modernizar o país; dar níveis de vida superiores à população desassistida; e desenvolver no povo e na economia uma mentalidade nacionalista e independente perante as potências estrangeiras. Quem lê tais tópicos pode estranhar como um grupo de militares, tradicionalmente conservadores, limitados à força bélica e de pouca instrução, poderia se preocupar com assuntos tão complexos. A explicação é simples. Desde os anos 40, influenciados pela força demonstrada pelo exército norte-americano na Segunda Guerra, os militares peruanos começaram a interferir na política nacional, chegando ao poder em 1945 com um golpe liderado pelo general Manuel Odría. Este promoveu um gradual processo de abertura até 1952, quando foram realizadas eleições livres. No entanto, os militares continuaram a representar uma "eminência parda" na presidência, interferindo nas decisões presidenciais e no andamento do processo político.
Foto do ex-presidente Alberto Fujimori
Fonte: Klepsidra.net

Revolução Méxicana


O acontecimento mexicano é descrito como a primeira grande mobilização social da América Latina no século XX. O processo começou como uma autêntica revolução, isto é, com o objetivo de promover uma transformação estrutural na sociedade, para depois normalizar-se e garantir algumas mudanças que não representam um processo completo de modificação. Tanto é verdade que até hoje existem movimentos sociais que buscam retomar o ideal da Revolução Mexicana para completá-la e transformar a estrutura social e produtiva da sociedade do país. A guerrilha no Estado de Chiapas, ao mesmo tempo que protesta contra o imperialismo norte-americano e contra a pobreza da região, luta por uma reforma agrária justa e pela memória de Emiliano Zapata, líder da revolução do começo do século que ecoa no México até hoje.
Fonte: Klepsidra.net

Revolução Cubana

O processo liderado por Fidel Castro é descrito até hoje como a mais radical mudança política no cenário latino-americano. Afinal, Cuba tornou-se, a partir de 1959, o primeiro país socialista do mundo ocidental e o único em que tal regime sobreviveu, quebrando a hegemonia norte-americana no continente e o "anti-comunismo" que esse domínio pregava e combatia – o golpe militar de 1954 contra o presidente Jacobo Arbenz, de tendências socialistas, na Guatemala, expressa bem isso. Hoje, mesmo com a queda do mundo soviético, o país insiste em se denominar socialista e resiste a uma total abertura econômica, guiada pelos organismos internacionais como FMI e Bird.


Foto: Fidel Castro

Fonte: Klepsidra.net

Revista Desarrollo Económico dos anos sessenta

O artigo analisa a historiografia sobre a América Latina, publicada no periódico
argentino Desarrollo Económico  Revista de Ciencias Sociales, durante os anos
sessenta do século passado, relacionando-a com a conjuntura política e o pensamento
desenvolvimentista do período. Identifica os temas predominantes nos artigos
publicados sobre a história latino-americana, destacando a questão da propriedade da
terra, a influência da Revista Annales, o predomínio da história econômica e social e das
novas metodologias de investigação utilizadas pelos historiadores. Na conclusão,
ressalta a perspectiva do latino-americanismo, presente na maioria dos artigos
historiográficos publicados na Revista, bem como para o fato de muitos deles estarem já
vinculados às tendências atuais da historiografia Argentina e latino-americana.
Para ler o texto completo,
clique aqui

Fonte: Revista Desarrollo

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Breve história do Brasil



Em 22 de abril de 1500 chegava ao Brasil 13 caravelas portuguesas lideradas por Pedro Álvares Cabral. A primeira vista, eles acreditavam tratar-se de um grande monte, e chamaram-no de Monte Pascoal. No dia 26 de abril, foi celebrada a primeira missa no Brasil.
Após deixarem o local em direção à Índia, Cabral, na incerteza se a terra descoberta tratava-se de um continente ou de uma grande ilha, alterou o nome para Ilha de Vera Cruz. Após exploração realizada por outras expedições portuguesas, foi descoberto tratar-se realmente de um continente, e novamente o nome foi alterado. A nova terra passou a ser chamada de Terra de Santa Cruz. Somente depois da descoberta do pau-brasil, ocorrida no ano de 1511, nosso país passou a ser chamado pelo nome que conhecemos hoje: Brasil.
A descoberta do Brasil ocorreu no período das grandes navegações, quando Portugal e Espanha exploravam o oceano em busca de novas terras. Poucos anos antes da descoberta do Brasil, em 1492, Cristóvão Colombo, navegando pela Espanha, chegou a América, fato que ampliou as expectativas dos exploradores. Diante do fato de ambos terem as mesmas ambições e com objetivo de evitar guerras pela posse das terras, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Tordesilhas, em 1494. De acordo com este acordo, Portugal ficou com as terras recém descobertas que estavam a leste da linha imaginária ( 200 milhas a oeste das ilhas de Cabo Verde), enquanto a Espanha ficou com as terras a oeste desta linha.
Mesmo com a descoberta das terras brasileiras, Portugal continuava empenhado no comércio com as Índias, pois as especiarias que os portugueses encontravam lá eram de grande valia para sua comercialização na Europa. As especiarias comercializadas eram: cravo, pimenta, canela, noz moscada, gengibre, porcelanas orientais, seda, etc. Enquanto realizava este lucrativo comércio, Portugal realizava no Brasil o extrativismo do pau-brasil, explorando da Mata Atlântica toneladas da valiosa madeira, cuja tinta vermelha era comercializada na Europa. Neste caso foi utilizado o escambo, ou seja, os
indígenas recebiam dos portugueses algumas bugigangas (apitos, espelhos e chocalhos) e davam em troca o trabalho no corte e carregamento das toras de madeira até as caravelas.
Foi somente a partir de 1530, com a expedição organizada por Martin Afonso de Souza, que a coroa portuguesa começou a interessar-se pela colonização da nova terra. Isso ocorreu, pois havia um grande receio dos portugueses em perderem as novas terras para invasores que haviam ficado de fora do tratado de Tordesilhas, como, por exemplo, franceses,
holandeses e ingleses. Navegadores e piratas destes povos, estavam praticando a retirada ilegal de madeira de nossas matas. A colonização seria uma das formas de ocupar e proteger o território. Para tanto, os portugueses começaram a fazer experiências com o plantio da cana-de-açúcar, visando um promissor comércio desta mercadoria na Europa.

Breve história do México


O México é um país com uma história bastante complexa, há indícios de povos que habitavam a região há mais de 20.000 anos. Durante a época pré-hispânica, houve o apogeu das civilizações olmeca, azteca, teotihuan, zapoteca e maya, que durou aproximadamente 4.000 anos antes dos habitantes nativos entrarem em contato com a civilização européia. Os primeiros habitantes da região que hoje conhecemos como México, construíram observatórios, desenvolveram um calendário com 365 dias, construíam aquedutos, utilizavam hieróglifos para escrever, fizeram avanços em matemática e conheciam a álgebra. Em 1519, o espanhol Hernán Cortez chegou à ilha de Cozumel e, de lá, se deu a invasão do atual território mexicano. Tenochtitlán, capital do império azteca, foi destruída a partir de 1520, sobre suas ruínas foi construída a atual capital do México, Cidade do México. Junto dos militares espanhóis, chegaram, em 1524, também missionários (frades franciscanos) que convertiam os indígenas à fé católica.A colônia não desejava mais enviar riquezas para Espanha, este foi o maior motivo para a declaração da independência mexicana. Foram feitos movimentos e levantes que logo foram abafados. Na madrugada de 16 de setembro de 1810, o padre Miguel Hidalgo y Costilla, prendeu as autoridades locais na cadeia e pôs os presos nas ruas. Depois, durante uma missa, conclamou a população a derrubar o governo, fato que foi denominado grito da independência, realizado em um povoado chamado Dolores. A república foi proclamada em 1824.Entre 1846 e 1848, durante a guerra com os Estados Unidos o México perdeu uma série de territórios localizados no norte do país: áreas que, hoje, comprendem os estados do Texas, Nevada California, Utah e Novo Mexico. Durante o Porfiriato, período de 31 anos (1876-1911) de governo do general Porfirio Díaz (interrompido apenas entre 1880 e 1884 quando Manuel González ascendeu ao poder), foram construídos 19.000 km de vias férreas, deu-se a integração mexicana através dos telégrafos, foram realizados investimentos estrangeiros e a industria nacional foi impulsionada. A revolução mexicana, responsável pelo fim do porfiriato, foi liderada por Zapata e Villas, ocorreu em 1910 e custou a vida de 10% da população daquela época. O Partido revolucionário institucional (PRI) dominou a cena política mexicana entre 1929 e 2000, todos os presidentes eleitos neste período pertenciam ao PRI, até que, em 2000, Vicente Fox Quesada foi eleito pelo Partido da Ação Nacional do México. O México passou por uma séria crise econômica, em 1994, devida à falta de competitividade das empresas mexicanas face à instalação de empresas norte-americanas, pertencentes ao NAFTA, que se instalaram no país. Cerca de 200 mil mexicanos perderam seus empregos. O México precisou de ajuda externa e os EUA fizeram um empréstimo a aquele país de 29 bilhões de dólares. No final da década de 90, o México foi o país que mais cresceu na América Latina.

Breve história da Bolívia


Durante muito tempo a região da atual Bolívia desenvolveu varias civilizações indígenas, no século XV todas essas civilizações foram dominadas pelo Império Inca. No inicio do século XVI chegaram os espanhóis e escravizaram esse povo. O líder inca Tupac Amaru II o século XVIII comandou uma revolta contra a escravidão de seu povo, que começou no Peru. O Alto do Peru como era conhecida à região, foi uma das primeiras colônias espanhola a se rebelar, em 1809. Em 1825 tornou-se independente, liderados por Simón Bolívar e Antonio José Sucre. O primeiro presidente boliviano foi Simón, e o país tem o nome de Bolívia em sua homenagem. Na Guerra do Pacifico a Bolívia perdeu o acesso ao oceano Pacifico para o Chile. E no ano de 1903, vendeu para o Brasil a região que atualmente compreende ao estado do Acre. Dessa forma encerrou-se o conflito com os seringueiros brasileiros. A descoberta de petróleo no sudeste do país ocasionou a Guerra do Chaco, quando ela perdeu território para o Paraguai. O país sofreu golpes militares em 1964 e 1980 (ano em que a democracia foi restaurada após a destituíção de uma junta militar). Já em 1996 a Bolívia se tornou membro associado do Mercosul. O país enfrenta problemas raciais e culturais, e sofreu ao longo dos anos varias revoluções e golpes militares.

Breve história da Argentina


- De acordo com estudos arqueológicos, a região da atual Argentina recebeu os primeiros habitantes há 13 mil anos, aproximadamente. A hipótese mais aceita sobre a chegada do homem ao continente americano refere-se a passagem da Ásia para a América, através do Estreito de Bering.- Antes da chegada dos espanhóis a região, no começo do século XVI, o norte da Argentina fazia parte do Império Inca e a região dos pampas era habitada por nações indígenas.- Em 1516, o navegador espanhol Juan Diaz de Sólis realiza navegações no estuário do rio da Prata e oficializa a conquista do território para os espanhóis. Começa a colonização espanhola na região.- Em 1534 é fundada a atual capital da Argentina, Buenos Aires.- Durante o século XVI, os espanhóis dão início a explora de prata na região. Este metal estava em grande quantidade com os indígenas, que foram, aos poucos, conquistados e dizimados pelos europeus.- Em 1561, foi fundada a cidade de Mendoza por Pedro de Castillo.- O século XVII foi marcado pela exploração da prata, onde os espanhóis utilizaram a mão-de-obra indígena. Cresce a mestiçagem da população, entre indígenas e espanhóis. Neste século foi grande a quantidade de contrabando e pirataria (holandeses e franceses), principalmente, na região do Rio da Prata.- Ainda no século XVII intensifica-se a formação das missões jesuíticas, cujo objetivo era catequizar os índios guaranis argentinos.- Em 1776, a Espanha criou o Vice-Reinado da Prata (capital em Buenos Aires). Começa a luta de soldados espanhóis e índios guaranis para expulsar os portugueses da região do Rio da Prata.- Em 1767, a coroa espanhola expulsa da Argentina a Companhia de Jesus.- Em 1806, os ingleses invadem e tomam a cidade de Buenos Aires. Começa a resistência Argentina ao invasor inglês. Em 1807, a coroa inglesa envia à região um reforço de 11 mil soldados para combater a resistência.- A campanha de Independência da Argentina foi liderada por San Martin, sendo conquistada em 1816. - A Primeira Constituição da Argentina foi promulgada em 1853.- Entre 1865 e 1879, a Argentina uniu-se ao Brasil e Uruguai para lutar contra as forças do paraguaio Solano Lopez, na Grande Guerra do Paraguai. A tríplice Aliança saiu vencedora e o Paraguai derrotado e arrasado.- No final do século XIX tem início a imigração para a Argentina, principalmente de italianos. Este processo, dura até as primeiras décadas do século XX.- Entre 1916 e 1930 é o período da História da Argentina conhecido como “Os Governos Radicais”. Período marcado pela recuperação da ética e valorização do federalismo.- Entre 1946 e 1955 é o período do peronismo. A Argentina foi governada pelo presidente populista Juan Domingos Perón. Período marcado por forte crescimento econômico, criação de direitos sociais e trabalhistas, investimentos em saúde e educação e nacionalização de serviços públicos.- As décadas de 1960 e 1970 foram marcadas por grande instabilidade política. Os presidentes eleitos foram derrubados por golpes militares. - Os governos militares terminaram somente em 1983, quando a Argentina volta a ser governada por um civil, Raul Afonsin. Volta o respeito aos direitos humanos e fortalecimento do sistema democrático.- Afonsin governou a Argentina até 8 de julho de 1989, quando renuncia em favor do presidente eleito, o peronista, Carlos Menem. Menem governou de 1989 até 1999 (dois mandatos democráticos)

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Uma aposta pela América Latina

A conclusão da Guerra Fria e do mundo bipolar de Talta tornou obsoletos muitos quadros de referência mental. A sociologia da modernização, a teoria da dependência, a teologia da libertação e as estratégias revolucionárias não estão mais na ordem do dia; aparecem como evidentemente inadequadas. Desmoronam também os paradigmas do neoliberalismo ortodoxo do ¨conselho de Washington¨, difundidos desde o início da década de noventa. O objetivo deste livro é propor algumas chaves de leitura e de perspectiva sobre a América Latina, considerando-a em sua hodierna realidade ¨global¨. Visa perceber as tendências emergentes no desenvolvimento, a partir da reviravolta histórica dos anos 1989-1992, as mudanças decisivas às repercussões do atentado terrorista de 11 de setembro; procura delinear os interesses ideias e históricos da América Latina, o seu possível protagonismo no quadro da globalização, da nova ordem mundial, do orbe católico e das grandes batalhas nas primeras décadas do século XXI. Uma vez que isto se entrelaça, agora mais do que nunca, com os Estados Unidos, enquanto ¨império global¨ e hegemônico, o olhar divaga sobre a realidade e sobre o destino de todo o continente, sem, por outro lado, descuidar da União Européia e dos outros ¨mundos¨ que estão implicados em tudo isto.

editora paulus,2004



100 anos de teologia na América Latina


V Conferência do Episcopado Latino Americano realizada em Aparecida – SP foi um momento de grande vivacidade para a igreja de nosso país e de nosso continente. Em preparação e apoio à conferência, foram elaborados diversos estudos. O presente livro analisa a realidade sociopolítica da América Latina a fim de atualizar o tema do discipulado, tema da conferência.
editora paulus,2006

A família na América Latina


A V Conferência do Episcopado Latino Americano realizada em Aparecida – SP foi um momento de grande vivacidade para a igreja de nosso país e de nosso continente. Em preparação e apoio à conferência, foram elaborados diversos estudos. O presente livro analisa a realidade sociopolítica da América Latina a fim de atualizar o tema do discipulado, tema da conferência.
editora paulus, 2007

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Juventude e violência na América Latina

Apresentação
Entre os diversos problemas e questões cruciais que continuam a
desafiar as políticas de desenvolvimento social na América Latina, seguramente
uma das mais importantes é a da juventude. O expressivo contingente
de jovens existentes no conjunto geral da população, somado ao aumento da
violência e da pobreza e ao declínio das oportunidades de trabalho, estão
deixando a juventude latino-americana sem perspectivas para o futuro, sobretudo
o segmento de jovens que está sendo vítima de situações sociais precárias
e aquém das necessidades mínimas para garantir uma participação ativa no
processo de conquista da cidadania.
Em decorrência desse quadro, alguns organismos e agências internacionais,
entre eles o BID e a UNESCO, colocaram o desafio da juventude em
suas agendas prioritárias de ações. Como desdobramento dessa postura,
inúmeros estudos, pesquisas e debates têm sido promovidos com o objetivo
de aprofundar a reflexão e encontrar alternativas viáveis que possam subsidiar
as políticas sociais dos países do continente. O processo conjugado de
pesquisas e de debates interdisciplinares é indispensável na medida em que
permite verticalizar a abordagem e abrir caminhos para projetos de intervenção
de repercussão coletiva. Os recursos são limitados e não se pode mais
caminhar ao meio de incertezas que caracterizam políticas improvisadas,
desarticuladas e de efeitos meramente sazonais. Há a necessidade de um
enfoque multidimensional devido à multiplicidade de fatores que interagem
"formando complexas redes causais".
O presente estudo sustenta que a violência sofrida pelos jovens possui
fortes vínculos com a vulnerabilidade social em que se encontra a juventude
nos países latino-americanos, dificultando por conseguinte o seu acesso
às estruturas de oportunidades disponíveis nos campos da saúde, educação,
trabalho, lazer e cultura. O contingente de jovens em situação de vulnerabilidade,
"aliada às turbulentas condições socioeconômicas de muitos países latino-
americanos ocasiona uma grande tensão entre os jovens que agrava diretamente
os processos de integração social e, em algumas situações, fomenta o
aumento da violência e da criminalidade". Em conseqüência, delineiam-se
cenários críticos difíceis de serem enfrentados por políticas de efeito parcial.
Disso decorre a necessidade de, por um lado, definir políticas para a
juventude no contexto interativo das políticas globais de desenvolvimento e,
por outro, fortalecer o capital social e cultural do jovem por intermédio de
projetos ou políticas que viabilizem a sua inserção no conjunto dos esforços de
cada país para superar e remover os entraves existentes. Torna-se necessário
também um trabalho de efetiva sensibilização da sociedade e de seus recursos,
objetivando a internalização de valores que deixam evidente que a juventude
de hoje assumirá a liderança do continente no dia de amanhã e do que for feito
hoje em prol de uma efetiva valorização do protagonismo juvenil, dependerá
doravante, sob muitos aspectos, a direção das tendências que se delinearão nas
próximas décadas.
Em outras palavras, é preciso investir na juventude, combatendo a
vulnerabilidade social pelo aumento do capital social e cultural que poderá
proporcionar a substituição do clima de descrença reinante por um sentimento
de confiança no futuro. As políticas assistencialistas da década de 80 revelaram-
se inoperantes. Superá-las por alternativas mais consistentes torna-se
necessário e urgente. Elas cometeram o erro, como afirma um trabalho da
CEPAL, de não valorizar a participação dos jovens. Essa participação é indispensável
para a conquista da autonomia. O jovem de hoje já não aceita mais
a condição de expectador passivo.
O estudo que ora temos a oportunidade de apresentar aos dirigentes
e analistas de políticas sociais ainda ressalta que a promoção de políticas
públicas a partir deste novo enfoque não constitui uma tarefa simples.
Combater a violência juvenil pelo lado da vulnerabilidade social requer
mudança de percepção dos formuladores de políticas no que diz respeito ao
papel das políticas sociais na construção de uma sociedade mais justa e
solidária. De acordo com Bernardo Kliksberg, é preciso superar os mitos e as
falácias do desenvolvimento que impedem o advento de alternativas que
tornem possível um efetivo combate às desigualdades sociais.

Para ler o texto completo, clique aqui.
Fonte : Unesco

Teoria crítica, democracia e esfera política na América Latina

As chamadas teorias da transição democrática constituíram,
como se sabe, um dos filões mais ricos das ciências sociais no
Brasil e na América Latina nas últimas décadas. Realizando uma ampla
radiografia institucional dos países que se democratizavam, trabalhos
como aquele editado por O’Donnell et alii (1986) constituíram,
pelo menos até os anos 90, a forma por excelência de estudar e interpretar
o autoritarismo e o momento em que a incerteza sobre os resultados
do jogo político e a força reguladora de regras universais se impuseram
novamente sobre o poder de um ator único – tal a definição
de democratização das teorias da transição. Mais ainda, as teorias da
transição consagraram a recém surgida ciência política, que na maioria
dos países latino-americanos somente a partir dos anos 70 se afirma
como um campo de investigação independente, com uma meto
metodologia
própria e paradigmas de análises distintos.
Ao longo dos anos 90, vai se consolidando, contudo, uma nova abordagem
sociológica da democratização, a qual, refuta a homologia en
tre os processos de construção institucional e de democratização societária
subentendida nas teorias da transição. O que se procura mostrar
é que, ao lado da construção de instituições democráticas (eleições
livres, parlamento ativo, liberdade de imprensa etc.), a vigência
da democracia implica a incorporação de valores democráticos nas
“práticas cotidianas” (Avritzer, 1996:143). Nesse caso, a análise dos
processos sociais de transformação verificados no bojo da democratização
não poderia permanecer confinada na esfera institucional, deveria,
ao contrário, penetrar o tecido das relações sociais e da cultura
política gestadas nesse nível, revelando as modificações aí observadas.

Para ler o texto completo, clique aqui.
Fonte : Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro

Modelos de desenvolvimento e políticas sociais na América Latina

Este artigo analisa a articulação entre a evolução dos
modelos de desenvolvimento e das políticas sociais na
América Latina desde a formação dos Estados independentes
até o presente. O argumento central é que, historicamente,
as políticas sociais foram concebidas como
parte integrante do funcionamento dos sistemas econômicos.
No modelo primário-exportador, o Estado intervinha
na sociedade com o objetivo de assegurar condições
de trabalho para viabilizar as empresas monocultoras e
de criar um espaço-nação nos limites das atividades
produtivas. No modelo de substituição de importações,
sob a égide do populismo, as políticas sociais foram
direcionadas para fortalecer a classe média, em busca do
apoio ao regime autoritário e de modo a favorecer a
consolidação do mercado interno. Com o esgotamento da
estratégia industrializante, a transição para um novo
padrão de desenvolvimento foi permeada por orientações
de agências internacionais que atuam na região, enfatizando

o caráter compensatório e focalizado das políticas
sociais. Tais prognósticos induzem, mais uma vez, à idéia
de operacionalidade das políticas sociais em relação ao
modelo econômico, dado que sugerem o direcionamento
daquelas para amortecer os impactos no tecido social,
causados pela reorganização do sistema produtivo, assegurando
a estabilidade do regime de transição.

Para ler o texo completo, clique aqui.
Fonte:

El mercado de trabajo bajo el nuevo régimén argentino


RESUMEN

El documento analiza los efectos del proceso de estabilización y reforma estructural de los años
noventa sobre el comportamiento del empleo y las remuneraciones. El mercado de trabajo, que
fue sujeto de adecuaciones en su marco institucional acordes con las encaradas en otras áreas, no
acompañó el éxito que el país registró en cuanto a estabilidad y crecimiento. El escaso impacto de
la expansión de la producción sobre la ocupación que se observó entre 1991 y 1995 contribuyó a
elevar el desempleo –que alcanzó valores inéditos para el país—y se constituyó en la principal
preocupación económica. La baja elasticidad empleo-producto obedeció al mejor
aprovechamiento de la capacidad instalada ociosa y de la mano de obra ocupada en la producción
pero, principalmente, al impacto de la reestructuración productiva derivada de la apertura, la
desregulación y las privatizaciones así como de la reanimación de la inversión y de la apreciación
cambiaria. Tales factores provocaron la sustitución de trabajo por capital e insumos importados
así como la elevación de la productividad conjunta de los factores. El hecho que la lenta evolución
del empleo formal no derivase en un crecimiento compensador del sector informal y que sus
efectos recayesen sobre el desempleo abierto es una característica llamativa del período.
Debido a que durante el período analizado operaron los efectos del proceso de
reconversión y de los episodios cíclicos, resulta dificultoso desentrañar cuáles son las
características típicas del mercado de trabajo del régimen económico que va emergiendo. Sin
embargo, la elevada importancia de la precariedad ocupacional y, por tanto, la mayor volatilidad
del empleo total aparecen como rasgos característicos del mismo. El grado de respuesta de la
ocupación a los cambios del producto constituye, por el contrario, una variable más difícil de
pronosticar. No es razonable suponer que primará aquella muy baja de los primeros años de la
convertibilidad cuando el proceso de reconversión productiva ejercía sus efectos plenamente.
Pero tampoco es convincente la idea del mantenimiento de los muy altos valores de la elasticidad
de 1996 a 1998, período durante el cual la recuperación económica fue acompañada de una
significativa creación de puestos de trabajo. Existe, sin embargo, consenso acerca de que la
disminución de la desocupación abierta –que hacia fines del período analizado aún superaba el
12%-- y otras manifestaciones de la subocupación sólo podrá lograrse si prevalecen elevadas y
sostenidas tasas de crecimiento del producto. Tal escenario resulta también necesario para quebrar
la tendencia al estancamiento –y aún a la leve reducción—de las remuneraciones.
Para ler o texo Completo, clique aqui.
Fonte : Luis Beccaria

sábado, 3 de janeiro de 2009

Bolívia

Presidente
Juan Evo Morales Ayma
Capital
La Paz



Língua(s)
Espanhol, Quechua e Aymara
Independência
6 de Agosto de 1825
Área
1,098,580 Km2
Países fronteiriços
Argentina, Brasil, Chile, Paraguai, Perú
População
9,119,152 (estimativa 2007)
Moeda
Boliviano (BOB)

www.bolivia.gov.bo

Argentina

Presidente
Cristina Fernández de Kirchner
Capital
Buenos Aires



Língua(s)
Espanhol
Independência
9 de Julho de 1816
Área
2,766,890 Km2
Países fronteiriços
Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai, Uruguai
População
40,301,927 (estimativa 2007)
Moeda
Peso Argentino (ARS)

www.argentina.gov.ar

Brasil

Presidente
Luiz Inácio Lula da Silva
Capital
Brasília



Língua(s)
Português
Independência
7 de Setembro de 1822
Área
8,511,965 Km2
Países fronteiriços
Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana Francesa, Guiana, Paraguai, Perú, Suriname, Uruguai, Venezuela
População
190,010,647 (estimativa 2007)
Moeda
Real (BRL)

www.brasil.gov.br



sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

America latina 100 anos

Introdução
Nesta virada de século e de milênio, faz-se interessante discutir muitos pontos que marcaram a história da Humanidade como uma forma de refletir sobre caminhos a serem adotados no futuro. No caso da América Latina, essa discussão é ainda mais importantes. Afinal, o continente passa por uma série de mudanças complexas que, no entanto, ainda convivem com marcas de um passado opressor que faz questão de manter-se vivo. Por exemplo: ao mesmo tempo em que Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, num ato histórico, fecham uma coalizão em torno de seu bloco comercial, o Mercosul, contra a extrema ingerência da futura Alca (Aliança de Comércio da América), bancada pelos EUA, em suas economias, ainda dependem de mercados como o norte-americano para escoar sua produção, intermediada pelas multinacionais e a baixos preços, gerando lucro para a matriz e pobreza no mercado interno. Além disso, ao mesmo tempo em que esses países anunciam investimentos na integração econômica dentro do continente, em seus próprios territórios vêem aumentar a miséria da maior parte de sua população, a desintegração entre as regiões produtivas e uma série de protestos contra a desigualdade social. Quando as diferenças não são entre países, tornam-se evidentes no território interno: na Argentina, por exemplo, separada entre Buenos Aires e região, vista por muitos como o país, e a região interior, miserável e desgraçada. Nesse quadro de diferenças sociais, há de se somar também as crises políticas, onde a ditadura populista venezuelana e o instável governo peruano dão mostras de que a democracia na região ainda está longe de se tornar realidade.
As contradições são visíveis na sociedade latino-americana, e elas podem ser usadas como explicação para muitos dos problemas e desafios que o continente enfrenta neste novo tempo que se abre. O que ocorreu de errado? Quais os pontos que precisam ser melhorados no futuro? São perguntas que não se calam facilmente. E é neste aspecto que este pequeno ensaio se encaixa. Antes de fornecer respostas definitivas, ele pretende, à luz da discussão histórica e da narrativa, propor tópicos e interpretações que sirvam como um primeiro esboço para a discussão da realidade continental. Assim, está dividido em três partes: a primeira, mais geral, aborda rapidamente a essência da história da região, com destaque para a exploração comercial, a dominação política e a atualidade. A base dessa parte é o livro As veias abertas da América Latina, do escritor uruguaio Eduardo Galeano. A segunda, mais histórica, mostra os movimentos sociais que tentaram propor vias históricas opostas às mostradas na primeira parte. Para encerrar o trabalho, que será completado em ensaios posteriores, uma rápida apresentação de homens que, bem ou mal, fizeram a história da América Latina atuando no campo político. No final, é oferecida uma bibliografia de referência para o interessado no tema ter a oportunidade de pesquisar por sua conta.
Este texto, conforme já dito, não se pretende completo. Pelo contrário: há pontos que mereceriam maior aprofundamento – o que não se faz pelo pouco espaço disponível e pela proposta de apenas propor tópicos para iniciar a discussão. Espera-se, portanto, que os leitores de Klepsidra participem, enviando suas mensagens e comentários a respeito do texto para que a história da América Latina saia da obscuridade e seja de conhecimento público. Inicia-se aqui, pois, essa viagem histórica.
Uma rápida abordagem dos conceitos
Não são poucos os estudos existentes sobre a história da América Latina. No entanto, em sua maioria são especializados em determinados temas: política, cultura, economia, relatos de vida de povos etc, bem como escritos com a única preocupação de se "contar a história", sem analisá-la em seus detalhes e relacionando-a com outros fatos e conjunturas. Poucos são os historiadores que se propuseram a escrever sobre a trajetória de nosso continente sem o medo de propor análises para os problemas enfrentados pelo território: pobreza crônica da população, economia agrária, subdesenvolvimento, instabilidade social etc. Coube então a um jornalista uruguaio, sem as "roupagens acadêmicas", como se autodefine, escrever uma história de seu continente baseada na seleção e interpretação de fatos que considera como essenciais para o entendimento da realidade latino-americana.
Eduardo Galeano, autor de As veias abertas da América Latina, propôs um inventário dos 500 anos da história do continente retratando as suas principais bases: a economia agrícola e mineradora dominada pelo mercado internacional, com o objetivo de gerar lucros para a potência dominadora; a pobreza social como resultado de um sistema econômico externo e excludente, que privilegia uma minoria financeiramente capaz de integrar-se aos padrões de consumo; a opressão de governos centralizadores contra as minorias, produzindo genocídios e o caos social; a exploração do trabalho e as péssimas condições de sobrevivência para a grande maioria de sua população.

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Fonte: Luiz Fernando B. Belatto

Desencanto e formas contemporâneas do religioso

Haverá oposição necessária entre as duas partes deste título? Do
“desencanto” não poderiam também nascer as “formas contemporâneas do
religioso”? Que teriam elas, então, a ver com um eventual “reencantamento
do mundo”? No fundo, trata-se mais uma vez do sentido reconhecido ao
fenômeno da “secularização”. A presente comunicação não entende tomar
posição sobre este problema, mas simplesmente enunciá-lo em forma de
aporias e ilustrá-lo minimamente com dados recentes. Sua única pretensão
era introduzir a uma troca de idéias e sugerir que este antigo debate poderia
revelar-se mais frutífero se envolvesse com mais minúcia os resultados
empíricos de que os pesquisadores dispõem em abundância.


para ler texto completo, clique aqui.

Fonte: ciências sociais e Religião, Porto Alegre