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sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Peru- A espera por um milagre

O governo peruano informou que espera dos EUA (...) a regulamentação exigida para implementar o tratado de livre comércio com o Peru. O lucro do setor peruano de mineração caiu entre 50% e 60% em 2008 em comparação com o ano anterior (...).Luis Valdivieso, ministro peruano da Fazenda e Economia, pediu demissão após seis meses no cargo (...).Uma mudança ambiental radical -com terremotos e inundações- é o que provavelmente aniquilou a cultura de Caral-Supe, no Peru, uma das primeiras grandes civilizações sul-americanas. Um estudo publicado hoje mostra como esse povo, que ocupou o norte do país por 2.000 anos, abandonou a região de forma abrupta, em apenas 200 anos. O principal fator foi uma alteração natural no ciclo climático ocorrida há 3.600 anos, com intensos El Ninõs, diz um estudo publicado hoje na revista "PNAS", liderado pelo antropólogo Daniel Sandweiis, da Universidade do Maine (EUA). (...)

Foto: Presidente Lula e o Presidente do Peru Alan García

Fonte: The New York Times, 2009

ex-presidente de Cuba Fidel Castro, texto para empresa

Fidel analisa Obama e diz que poderá não ver fim do mandato.

Convalescente Fidel Castro assinou seu primeiro texto para a imprensa cubana desde que se intensificaram os boatos sobre a piora de sua saúde. Na "reflexão" postada anteontem num site oficial, ele disse não duvidar de que Barack Obama se expressa com honestidade, mas que há "muitas perguntas" sobre seu governo."[Eu] me perguntava: como poderia um sistema esbanjador e consumista por excelência preservar o ambiente?", escreveu, em referência à promessa do presidente dos EUA de combater o aquecimento global.O texto do ex-ditador versou sobre o encontro dele com a presidente argentina, Cristina Kirchner, anteontem, primeiro compromisso seu noticiado em quase dois meses. Ontem, Cristina disse na Venezuela que o cubano a recebeu "de pé, como um cavalheiro".O encontro e o texto vieram após rumores de que Fidel, afastado do poder desde 2006 e substituído pelo irmão, Raúl Castro, estaria à beira da morte.Em novo texto publicado na internet ontem à noite, Fidel faz referência indireta aos boatos. Ele assegura que está bem, mas diz que não espera estar vivo quando Obama completar o mandato, daqui a quatro anos. E pede ao atual governo cubano que siga trabalhando. "Estou bem, mas insisto: nenhum deles deve se sentir comprometido por minhas eventuais Reflexões, minha gravidade ou minha morte", escreveu, referindo-se aos funcionários do Partido Comunista e do Estado.Fidel explica que ficou um tempo sem escrever "para não interferir nem causar estorvo aos companheiros do Partido e do Estado nas decisões frequentes que devem tomar".

Fonte: Folha de São Paulo, 23/01/2009.

Presidente colombiano Álvaro Uribe


Os setores público e privado da Colômbia planejam gastar US$ 24,6 bilhões em projetos de infra-estrutura em 2009, o equivalente a 10,7% do PIB, informou o governo.
Foto: Álvaro Uribe
Fonte:The Wall Street Journal Americas, 2009

Presidente boliviano


Morales celebra três anos no poder.....

No último dia de campanha para aprovar uma nova Constituição, que vai a referendo neste domingo, o presidente boliviano, Evo Morales, lançou um jornal estatal, fez no Congresso um balanço sobre seus três anos de governo, voltou a se indispor com a representação diplomática dos EUA e admitiu que dificilmente alcançará a meta de "cocaína zero".No primeiro compromisso, às 7h30 da manhã, Morales apresentou no Palácio Quemado, em La Paz, o jornal "Cambio" (mudança), sua resposta ao difícil relacionamento com os meios privados -no mês passado, o presidente boliviano disse que apenas "10% dos jornalistas devem ter dignidade".O novo jornal tem uma circulação nacional diária de apenas 5.000 exemplares, num país com cerca 9 milhões de habitantes, a um preço equivalente a R$ 0,66, menos da metade de seus concorrentes.Na capa, uma foto de Morales acompanhado de crianças e a manchete "Bolívia caminha para a sua refundação". Dentro, o destaque era uma entrevista com o próprio presidente - a pergunta mais crítica era "Na avaliação dos três anos de sua gestão, o que o senhor poderia mencionar de ruim?"."Agressões, humilhações e mentiras após mentiras de alguns meios de comunicação nos obrigaram a criar este diário", disse Morales ontem. Para ler o texto completo clique aqui

Foto: Hugo Chavez, Fidel Castro e Evo Morales.
Fonte: Fabiano Maisonnave
Folha de São Paulo,2009.

Augusto César Sandino (1893-1934)


Ex-cortador de cana e mecânico, foi trabalhando nas minas de ouro e prata que Sandino conheceu a realidade da população mais pobre da Nicarágua, bem como percebeu que a economia e a política de seus país eram dominadas pelos EUA, por meio de empresas e governos tampões. A dura vida nas minas e a repressão do exército contra as revoltas dos mineiros foram gerando a consciência revolucionária e opositora aos norte-americanos no jovem Sandino, até que, em 1926, ele iniciou um movimento guerrilheiro na região mineradora, ao norte do país. Depois de uma série de derrotas, os guerrilheiros conseguiram se recuperar e vencer as forças militares enviadas pelo governo, avançando em direção ao centro. Ao mesmo tempo, os camponeses dos latifúndios de café da região sul, e os trabalhadores da capital, Manágua, se levantaram em apoio a Sandino. Os lemas revolucionários eram expulsar os norte-americanos da Nicarágua e melhorar as condições de vida da população.
Diante da intensa movimentação e da ameaça de perder seu domínio, os EUA intensificaram a repressão contra a Nicarágua, exigindo que o governo eliminasse os focos guerrilheiros ao mesmo tempo que enviava tropas para combatê-los. De tão dura e violenta, a ação norte-americana provocou protestos na própria opinião pública do país, levando os EUA a promover uma retirada estratégica do país. No entanto, deixaram como herança a Guarda Nacional, um corpo militar que garantia o poder yankee em território nicaragüense comandada à época por Anastacio Somoza.
Fonte: Klepsidra.net

Simón Bolívar (1783 – 1830)

Apesar de fazer parte do século XIX, é impossível falar de América Latina sem se falar de Simón Bolívar. Conhecido como El Gran Libertador, Bolívar foi o primeiro líder a defender e buscar uma unidade latino-americana. Filho de comerciantes que residiam na atual Venezuela, Bolívar teve uma vida cercada de luxos e conforto. Ainda jovem, foi enviado à Europa para estudar, tomou contato com os ideais libertários da Revolução Francesa e, em 1807, voltou à Venezuela, disposto a organizar batalhões militares para promover a independência da colônia. Após combates de dois anos, favorecidos pela fraqueza do exército espanhol, cuja maioria fora enviada para lutar contra a invasão napoleônica na Espanha, Bolívar libertou a Venezuela em 1809. Seu sonho, agora, era expandir a liberdade para todo o continente. Para tanto, formou novos exércitos e aliou-se a militares que já promoviam movimentos de libertação em outras comarcas, como o uruguaio José Artigas e o argentino José de San Martín. Recrutando populares como soldados e dividindo as áreas de atuação, os três generais gradualmente proclamaram a independência dos territórios, até a expulsão definitiva dos espanhóis.

Foto: Simón Bolívar

Fonte: Klepsidra.net

Revolução Peruana


O caso peruano foi atípico em todos os sentidos, e gera diferentes interpretações até hoje na historiografia do país. Em outubro de 1968, uma junta militar liderada pelo general Juan Velasco Alvarado derrubou o presidente Belaúnde Terry e instalou-se no poder. Seu lema, expresso no "Estatuto do Governo Revolucionário", se resumia a três pontos: tornar a estrutura do Estado mais dinâmica para modernizar o país; dar níveis de vida superiores à população desassistida; e desenvolver no povo e na economia uma mentalidade nacionalista e independente perante as potências estrangeiras. Quem lê tais tópicos pode estranhar como um grupo de militares, tradicionalmente conservadores, limitados à força bélica e de pouca instrução, poderia se preocupar com assuntos tão complexos. A explicação é simples. Desde os anos 40, influenciados pela força demonstrada pelo exército norte-americano na Segunda Guerra, os militares peruanos começaram a interferir na política nacional, chegando ao poder em 1945 com um golpe liderado pelo general Manuel Odría. Este promoveu um gradual processo de abertura até 1952, quando foram realizadas eleições livres. No entanto, os militares continuaram a representar uma "eminência parda" na presidência, interferindo nas decisões presidenciais e no andamento do processo político.
Foto do ex-presidente Alberto Fujimori
Fonte: Klepsidra.net

Revolução Méxicana


O acontecimento mexicano é descrito como a primeira grande mobilização social da América Latina no século XX. O processo começou como uma autêntica revolução, isto é, com o objetivo de promover uma transformação estrutural na sociedade, para depois normalizar-se e garantir algumas mudanças que não representam um processo completo de modificação. Tanto é verdade que até hoje existem movimentos sociais que buscam retomar o ideal da Revolução Mexicana para completá-la e transformar a estrutura social e produtiva da sociedade do país. A guerrilha no Estado de Chiapas, ao mesmo tempo que protesta contra o imperialismo norte-americano e contra a pobreza da região, luta por uma reforma agrária justa e pela memória de Emiliano Zapata, líder da revolução do começo do século que ecoa no México até hoje.
Fonte: Klepsidra.net

Revolução Cubana

O processo liderado por Fidel Castro é descrito até hoje como a mais radical mudança política no cenário latino-americano. Afinal, Cuba tornou-se, a partir de 1959, o primeiro país socialista do mundo ocidental e o único em que tal regime sobreviveu, quebrando a hegemonia norte-americana no continente e o "anti-comunismo" que esse domínio pregava e combatia – o golpe militar de 1954 contra o presidente Jacobo Arbenz, de tendências socialistas, na Guatemala, expressa bem isso. Hoje, mesmo com a queda do mundo soviético, o país insiste em se denominar socialista e resiste a uma total abertura econômica, guiada pelos organismos internacionais como FMI e Bird.


Foto: Fidel Castro

Fonte: Klepsidra.net

Revista Desarrollo Económico dos anos sessenta

O artigo analisa a historiografia sobre a América Latina, publicada no periódico
argentino Desarrollo Económico  Revista de Ciencias Sociales, durante os anos
sessenta do século passado, relacionando-a com a conjuntura política e o pensamento
desenvolvimentista do período. Identifica os temas predominantes nos artigos
publicados sobre a história latino-americana, destacando a questão da propriedade da
terra, a influência da Revista Annales, o predomínio da história econômica e social e das
novas metodologias de investigação utilizadas pelos historiadores. Na conclusão,
ressalta a perspectiva do latino-americanismo, presente na maioria dos artigos
historiográficos publicados na Revista, bem como para o fato de muitos deles estarem já
vinculados às tendências atuais da historiografia Argentina e latino-americana.
Para ler o texto completo,
clique aqui

Fonte: Revista Desarrollo