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quinta-feira, 2 de abril de 2009

O PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL E O PARTIDO COMUNISTA FRANCÊS DIANTE DA REVOLUÇÃO CUBANA NOS ANOS 19601.

A revolução cubana causou um grande impacto sobre as esquerdas latino-americanas nos anos 1960 e 1970.
Uma vez vitoriosa em 1959, os seus protagonistas passaram a proclamar o
seu modelo como válido para o conjunto do continente, o que levaria esta revolução a representar um marco na história do socialismo e das lutas
revolucionárias na América
Latina. Michael Löwy (1999: 9-10),ao fazer uma periodização da história do marxismolatino-americano,destaca a revolução cubana como o ponto de referência para a ascensão de
correntes radicais, que tinham em comum a defesa da natureza socialista da revolução e a
legitimidade da luta armada. Juan Carlos Portantiero (1985: 333-357), também tratando
do marxismo latino-americano
no século XX, aponta, no princípio dos anos 1960,
o início de uma nova etapa de sua história,
marcada pela influência do “castrismo”
“enquanto fusão ideológica de nacionalismo e de
socialismo”, bem como pela influência do “guevarismo” e do “foquismo” como inspiraçãopolítica. A influência cubana poderia ser identificada em dois momentos. Inicialmente, teria sido mais por simpatia que por fruto de uma decisão elaborada pelo novo centro de poder
socialista. Em uma segunda fase constitui-se o apoio ativo de Cuba aos novos revolucionários
do continente, o que definiria uma oposição inicialmente silenciosa, mas logo depois
explícita, em face dos partidos comunistas. Estes, por sua vez, sempre encararam com
desconfiança o surgimento e a expansão das idéias cubanas no continente.
Por fim, ainda no que diz respeito ao significado mais amplo da revolução cubana sobre
as esquerdas latino-americanas, a sua importância pode ser medida por dois fatos que hoje,
segundo Castañeda (1994), costumam ser ignorados.
Em primeiro lugar, que desde a
expedição do Granma, em 1956, foi incessante a luta armada revolucionária na América Latina. Além disso, que em todos os países do continente a esquerda foi influenciada por Cuba. A esquerda como um todo,para os objetivos deste artigo, amparado nos documentos das organizações comunistas do período, tomaremos como sinônimos termos como foquismo, guevarismo, castro-guevarismo e debraysmo. Empregamos esses termos aqui de forma ampla, como eram utilizados entre as esquerdas nos anos 1960, caracterizando, de uma forma geral,movimentos que, influenciados pela revolução cubana, acreditavam ser possível fazer uma revolução socialista através de guerrilhas e sem a presença de um partido comunista. Acreditava-se que esse era caminho adequado para a América Latina e que as condições objetivas estavam prontas, restando criar as subjetivas, tarefa esta que a presença do foco guerrilheiro se encarregaria. Uma vez iniciados os combates, as massas acabariam por se aliar aos guerrilheiros, e estes conseguiriam aumentar o seu potencial ofensivo até a tomada do poder. Durante o processorevolucionário, a guerrilha seria a vanguarda política, estando todas as outras tarefas a ela subordinadas. Ver a esse respeito, primeiramente, a obra do próprio Régis Debray (s/d.) e de Che Guevara (1981). Uma síntese dos textos dedestes autores pode ser vista em Barão (2003).
Ver ainda Saint-Pierre (2000).
Para ler o texto completo, clique aqui


 Fonte: Pós-doutorando – FFLCH-USP/ jeanrodrigues5@yahoo.com.br

Representação política em Cuba: um Estado dos trabalhadores?

A Revolução Cubana empreendeu construir um Estado nacional-popular, que combina uma
adesão social antiimperialista, antimonopolista e antilatifundista que se encaixa perfeitamente na
oposição feita contra a classe dominante externa. Por isso, não descarta o controle estatal por parte da burguesia nacional, e mesmo que não seja liderado pelas classes populares, envolve a participação popular. Trata-se de um nacionalismo dos dominados que guarda, assim, um caráter progressista.Apesar do modo de produção, em Cuba, não ser socialista, na representação política dos trabalhadores cubanos existem alguns aspectos que podemos chamar de socialistas. Os trabalhadores interferem em parte dos processos de decisão política, exatamente por se tratar de um “Estado nacional-popular”, atendendo algumas das demandas do setor nacional e do proletariado em geral. Para ler o texo completo clique aqui


Fonte: pós-graduação em Ciência Política da UFMG. Tádzio Peters Coelho
tadzioguaiabera@yahoo.co.uk

O PROCESSO REVOLUCIONÁRIO CUBANO E SUAS SINGULARIDADES

Visto de forma panorâmica, o chamado Terceiro Mundo, em meados do século XX, encontrava-se em forte instabilidade política e social. Muitos foram os países queenfrentaram alguma experiência revolucionária. Cuba foi um deles. No dia 1º de janeiro de 1959, os revolucionários liderados por Fidel Castro assumiam o poder naquela ilha. Iniciava-se uma etapa decisiva e singular no desenvolvimento daquele país, inclusive para a própria vanguarda revolucionária que seria influenciada e influenciaria a cena mundial da Guerra Fria.

A REVOLUÇÃO ERA SOCIALISTA?
Durante várias décadas, a URSS adotou uma visão essencialmente pragmática de sua
relação com os movimentos revolucionários, radicais e de libertação do Terceiro
Mundo, pois nem pretendia nem esperava aumentar a região sob governo comunista
além da extensão da ocupação soviética no Ocidente. Isso não mudou nem no período
de Kruschev (1956-64), quando várias revoluções autóctones em que os comunistas não
tomaram parte, chegaram ao poder (...), notadamente em Cuba (1959) e em Argélia
(1962). Para ler o texto completo, clique aqui


Fonte: ufc/ Mário Martins Viana Junior e Patrícia Pereira Xavier

sexta-feira, 13 de março de 2009

Barack Obama no es Papá Noel

Los Estados Unidos ven la V Cumbre de las Américas que se celebrará en abril como una oportunidad para iniciar una nueva relación con América Latina "en espíritu de igualdad", porque entiende que la región tendrá un "papel clave" en la respuesta a la crisis económica mundial.
El secretario de Estado adjunto para América Latina, Thomas Shannon, afirmó que en esta reunión "la crisis económica será el problema líder".
Según Shannon, que dijo que Washington ha depositado muchas esperanzas en la cumbre, los EEUU acudirán sobre todo con la idea no de plantear políticas, sino de "ayudar a desarrollar esas políticas".
Shannon participó en una sesión informativa del Diálogo Interamericano junto a Jeff Davidow, asesor de la Casa Blanca para la Cumbre de las Américas.
Ambos coincidieron en que la idea central del encuentro, según los EEUU, será "desarrollar un diálogo". A este respecto, Davidow indicó que Obama llegará a la reunión con un "espíritu de igualdad" y que percibe el encuentro como "una oportunidad para reunirse con los líderes, intercambiar ideas y escuchar" a partir de una posición respetuosa hacia todos sus pares.
Los Estados Unidos, indicó por su parte Shannon, esperan a su vez que el resto de los mandatarios presenten sus ideas con "espíritu de cooperación" constructivo.
Los altos funcionarios descartaron que Obama vaya a llevar grandes promesas a la cumbre. "Obama no es Papá Noel, no va a llevar una bolsa", declaró Davidow, en alusión a las expectativas generadas entre los líderes latinoamericanos que quieren entablar una primera toma de contacto con el mandatario norteamericano.

Fonte: Diario Hoy




sábado, 21 de fevereiro de 2009

Equador

Presidente
Rafael Correa Delgado
Capital
Quito


Língua(s)
Espanhol (oficial) e Quechua
Independência
24 de Maio de 1822
Área
283,560 Km2
Países fronteiriços
Colômbia, Perú
População
13,755,680 (estimativa 2007)
Moeda
Dólar americano (USD)

www.presidencia.gov.ec

El Salvador

Presidente
Elías Antonio Saca González
Capital
San Salvador


Língua(s)
Espanhol, Nahua
Independência
15 de Setembro de 1821
Área
21,040 Km2
Países fronteiriços
Guatemala, Honduras
População
6,948,073 (estimativa 2007)
Moeda
Dólar americano (USD)

www.casapres.gob.sv

Cuba

Presidente
Raúl Castro
Capital
Havana


Língua(s)
Espanhol
Independência
20 de Maio de 1902
Área
110,860 Km2
População
11,394,043 (estimativa 2007)
Moeda
Peso cubano (CUP)

www.cubagob.cu

Costa Rica

Presidente
Óscar Arias Sánchez
Capital
San José


Língua(s)
Espanhol
Independência
15 de Setembro de 1821
Área
51,100 Km2
Países fronteiriços
Nicarágua, Panamá
População
4,133,884 (estimativa 2007)
Moeda
Colón (CRC)

www.casapres.go.cr

Colômbia

Presidente
Alvaro Uribe Velez
Capital
Bogotá



Língua(s)
Espanhol
Independência
20 de Julho de 1810
Área
1,138,910 Km2
Países fronteiriços
Brasil, Equador, Panamá, Perú, Venezuela
População
44,379,598 (estimativa 2007)
Moeda
Peso colombiano (COP )

www.presidencia.gov.co

Chile

Presidente
Michelle Bachelet Jeria
Capital
Santiago


Língua(s)
Espanhol
Independência
18 de Setembro de 1810
Área
756,95 km2
Países fronteiriços
Argentina, Bolívia e Perú
População
16,284,741 (estimativa 2007)
Moeda
Peso chileno (CLP)

www.gobiernodechile.cl

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Cinco décadas de lucha

Cuba es sinónimo de Revolución. Desde el 1 de enero de 1959, la isla ha dejado su huella en el mundo, y todavía sigue haciéndolo hoy.
Muchos de nosotros crecimos con la Revolución cubana, con las hazañas o desventuras de sus protagonistas. Para unos significa una historia de heroísmo, de lucha por la libertad y contra el imperialismo. Para otros, es justamente lo contrario: símbolo de dictadura y opresión.
Lo cierto es que Cuba desata pasiones, y ponerse a escribir sobre lo que fue, es y será la Revolución resulta un verdadero desafío. En BBC Mundo aceptamos ese reto y nos pusimos a explorar cinco décadas de una historia.


Fonte: BBC MUNDO - América Latina

México

Presidente
Felipe de Jesus Calderón Hinojosa
Capital
México
Língua(s)
Espanhol (oficial), vários dialectos indígenas
Independência
16 de Setembro de 1810
Área
1,972,550 Km2
Países fronteiriços
Belize, Guatemala, Estados Unidos da América
População
108,700,891 (estimativa 2007)
Moeda
Peso mexicano (MXN)

"relación positiva"

Estados Unidos seguirá buscando una "relación positiva" con Venezuela, luego del referendo del domingo que dio la posibilidad al presidente Hugo Chávez de postularse a un tercer mandato, indicó este martes un portavoz del Departamento de Estado, Gordon Duguid. "Continuaremos en la búsqueda de mantener una relación positiva con Venezuela", indicó Duguid a periodistas. El vocero resaltó "informes preocupantes de intimidación de los oponentes", pero afirmó que "mayormente, fue un proceso totalmente consistente con las prácticas democráticas". Otro portavoz del departamento de Estado, Noel Clay, había señalado la víspera que Washington se congratulaba "por el espíritu cívico y participativo de millones de venezolanos que ejercieron su derecho democrático a votar". Con el triunfo en el referendo, Chávez -acérrimo crítico de Washington- puede postularse en el 2012 a un tercer mandato, para lo que ya anunció su intención de hacerlo. Ante la pregunta de si consideraba saludable la posibilidad de reelegirse indefinidamente, Duguid dijo no tener "una opinión sobre las prácticas democráticas en Venezuela. En Estados Unidos, tenemos límites para los mandatos, pero esa es nuestra práctica". Duguid reiteró que el referendo sobre la reforma, que permite la reelección sin límite de términos para todos los cargos de elección popular, "es un asunto del pueblo venezolano". Pero señaló que Washington espera que "los gobiernos que obtengan un resultado democrático positivo, lo utilicen de una manera positiva". Estados Unidos y Venezuela mantienen sus relaciones en punto mínimo desde que Caracas expulsó en septiembre al embajador norteamericano, gesto imitado por Washington.

Fonte: Jornal 2001/ Venezuela

El 95% de profesores tacneños reprobaron evaluación

De los casi 3 mil 50 profesores que dieron el domingo último la prueba para contratos, al menos el 95% resultó desaprobado, informó el director regional de Educación de Tacna, Miguel Torres Rebaza, quien agregó que pese a esto las plazas serán adjudicadas de acuerdo con el estricto orden de mérito, como lo ha establecido el Ministerio de Educación.





Fonte: Diário Correo -Perú

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Miskito

História
A língua Miskito é a língua nativa falada pelo povo que lhe dá o nome. Os Miskitos são um povo nativo da América Central, cujo território se estendia pelo Cabo Camarón, Honduras, Rio Grande, Nicarágua e Costa do Mosquito.
O Miskito tornou-se a língua dominante na Costa do Mosquito a partir de 1740, como resultado de uma aliança entre o povo Miskito e o Império Britânico.
O povo Miskito possuía, originalmente, uma sociedade estruturada, com uma estrutura política bem definida, no topo da qual estava um rei, que dividia o poder com um governador, um general e um almirante.
Os primeiros colonizadores espanhóis começaram a chegar ao território Miskito em 1787, mas os Miskitos continuaram a dominar a área, graças à sua superioridade numérica e a sua experiência militar. Para além disso, o território Miskito era, à época, praticamente inacessível e, por isso, pouco explorado pelos conquistadores espanhóis.
Graças ao interesse económico britânico na América Central (particularmente, no Belize), o povo Miskito pode adquirir armas de fogo e, após a constituição da Nicarágua, em 1821, começou a atacar colónias espanholas nas Honduras, com o propósito de libertar Miskitos escravizados, mas também para escravizar outros povos ameríndios, que vendiam aos britânicos.
Durante largos anos, os Miskitos conseguiram conservar a sua independência, mas, em 1894, o seu território e o seu povo foram integrados como parte da Nicarágua.
Distribuição geográfica
Actualmente, é a língua Miskito é falada por cerca de duzentas mil pessoas na Nicarágua, onde é língua oficial, Honduras e Belize. A língua, também conhecida por Bahwika, Wangki ou Tawira, pertence à família das línguas Misumalpas, consideradas, por alguns linguistas, como um ramo das línguas Chibchan.
Cerca de cem mil pessoas falam ainda o Miskito Crioulo, uma mistura de Miskito, Inglês, Espanhol e línguas africanas, influências da colonização e escravatura.


Fonte: Casa da América Latina

Maia

As línguas maias formam uma família linguística e são faladas na Mesoamérica e no norte da América Central por mais de 6 milhões de indígenas maias, sobretudo na Guatemala, México e Belize. Em 1996, a Guatemala reconheceu formalmente 21 línguas maias e o México reconhece outras oito.
A família das línguas maias é uma das mais bem documentadas e estudadas nas Américas. As línguas maias actuais descendem do protomaia, uma língua que se pensa ter sido falada há, pelo menos, 5 000 anos e parcialmente reconstruída usando o método comparativo.
As línguas maias fazem parte da área linguística mesoamericana, uma área de convergência linguística desenvolvida ao longo de milénios de interacção entre os vários povos da Mesoamérica. Todas elas exibem os traços básicos identificadores desta área linguística. Por exemplo, todas utilizam substantivos relacionais em vez de preposições para indicarem relações espaciais. Possuem também características gramaticais e tipológicas que as diferenciam de outras línguas da Mesoamérica.
Durante a época pré-colombiana da história mesoamericana, algumas línguas maias eram escritas usando a escrita hieroglífica maia. O seu uso foi particularmente generalizado no período clássico da civilização maia (250 - 900 d.C.). O conjunto de mais de 10 000 inscrições individuais maias que chegou até aos nossos dias (em edifícios, nas obras de olaria e nos códices maias), combinado com a rica literatura pós-colonial das línguas maias, escrita utilizando o alfabeto latino, fornecem uma base para a compreensão moderna da história pré-colombiana.
Maia Clássico
A língua maia clássica é a mais antiga das línguas da família maia. É a principal língua documentada nas inscrições pré-colombianas da civilização maia clássica.
O maia clássico é um descendente directo do protomaia e o ancestral comum dos três ramos das língua maias - cholano, iucatecano e o mais afastado huastecano. Estes ramos incluem línguas contemporâneas vivas suas descendentes, incluindo a língua chol e a língua iucateque. Os modernos falantes de chol e iucateque conseguem entender muitas das palavras utilizadas no maia clássico.
O maia clássico encontra-se especialmente representado em inscrições encontradas nas terras baixas, datadas do período 200 - 900 EC. O sistema de escrita (geralmente designado por hieróglifos maias) possui algumas semelhanças de função (apesar de não estar relacionado com) relativamente a outros sistemas de escrita logossilábicos, como os hieróglifos egípcios, em que é usada uma combinação de sinais logográficos e silábicos (grafemas), que reflectem a fonologia da língua maia clássica falada na região naquele tempo e que eram ainda combinados e complementados por um grande número de logogramas. Assim, as expressões da língua maia clássica podiam ser escritas de várias formas, representadas quer por logogramas, logogramas com complementos fonéticos, logogramas mais sílabas, ou numa combinação puramente silábica. Por exemplo, um padrão comum é o facto de muitos radicais de verbos e substantivos serem representados por logogramas, enquanto os seus afixos gramaticais eram escritos silabicamente.
Como as restantes línguas maias, o maia clássico, em termos tipológicos, apresenta estrutura Verbo-Sujeito-Objecto. Sendo uma língua polissintética, utiliza tanto prefixos como sufixos para assinalar funções gramaticais. Assim, os substantivos não são flexionados por caso ou género. Existe também uma classe completa de intransitivos que identificam a posição espacial do objecto. Adicionalmente, a língua emprega palavras com a função de classificadores numerais quando se trata da quantificação de substantivos. Os verbos não são conjugados por tempos, mas antes alterados semanticamente por um conjunto de partículas de aspecto.
Distribuição geográfica
Actualmente, a língua maia é falada, em diferentes dialectos, nos estados mexicanos de Yucatán, Campeche, Quintana Roo, Tabasco, e na América Central, no Belize, Guatemala e na zona oeste das Honduras e El Salvador.

Fonte: Casa da América Latina

Guarani

O guarani é uma língua indígena do sul da América do Sul, falada pelos povos desta etnia, pertencentes ao grupo maior dos tupis-guaranis que habitavam a região desde épocas imemoriais.
História e distribuição geográfica
Uma variante mais abrangente (a língua tupi) foi usada pelos colonizadores portugueses, desde a época dos Descobrimentos até ao século XVIII, como a língua principal no sul do Brasil, tendo influenciando fortemente a língua portuguesa falada no Brasil, à qual legou vários vocábulos, preponderantemente na toponímia

(Paraná, Ivaí,PiraíGuamirim, etc).A variante mais regional do sul e oeste, denominada língua guarani, mantém-se viva e é falada por mais de sete milhões pessoas, na Bolívia, Brasil e Argentina, mas sobretudo no Paraguai, onde é língua oficial juntamente com o espanhol.
No Paraguai, a língua guarani foi mantida principalmente graças à acção dos padres jesuítas, que a utilizavam como instrumento de conversão religiosa.
Entretanto, a língua guarani, que antes de sistematizada pelos jesuítas não era escrita, recebe também uma enorme variedade de vocábulos advindos do avanço cultural resultante da colonização. Os documentos judiciais e textos legais são, normalmente, editados em duas versões, uma em espanhol e outra guarani. Legalmente, são aceitos em ambas.
Em Agosto de 1995, o guarani recebeu o status de língua histórica pelos países membros da comunidade económica do Mercosul e, em Janeiro de 2007, recebeu também o status de língua oficial do Mercosul.


Fonte: Casa da América Latina

Aymara

Aymara é a língua falada pelo povo Aymara na região dos Andes. É, a par do Quechua e do Espanhol, a língua oficial do Peru e da Bolívia.
História e etimologia
Inicialmente, julgava-se que a língua Aymara descendia de uma outra falada em Tiwanaku, na Bolívia, por ser, actualmente, a língua nativa daquela região. No entanto, mais recentemente, alguns especialistas defendem a ideia de que o Aymara só se expandiu a esta região mais tarde. Pensa-se que o Aymara era, originalmente, falado na zona central do Peru, uma vez que existem vários locais com nomes de origem Aymara no Norte e Centro deste país.
Alguns estudos defendem ainda que o Aymara se divide em dois ramos: o Aymara Sul (ou Altiplano) e o Aymara Central.
Existem muitas opiniões contraditórias relativamente à etimologia do termo Aymara. Inicialmente, considerava-se que o termo Aymara derivava das palavras java (antigo) e mara (ano, tempo). No entanto, mais recentemente, vários linguistas defendem que o termo deriva de um grupo étnico da região de Apurimac, conhecido como os Aymaraes.
Distribuição geográfica
O Aymara é falado por cerca de 2,2 milhões de pessoas, na Bolívia, Peru, Argentina e Chile.
Embora exista alguma variação regional, todos os dialectos de Aymara são mutuamente inteligíveis.
A maior parte dos estudos realizados sobre a língua concentram-se nos dialectos falados na margem sul do Rio Titicaca, no Peru, ou na região de La Paz, na Bolívia. Este é, normalmente, designado de Aymara Norte.
O dialecto Aymara Sul é falado a Este da província de Iquique, no Norte do Chile e na zona de Oruro, na Bolívia.
O Aymara Intermédio partilha algumas características com o Aymara Norte e Aymara Sul, sendo falado na zona Este de Tacna e Moquegua, a Sul do Peru e no Nordeste do Chile.
Na altura da conquista espanhola, no século XVI, a língua Aymara era a língua dominante numa área muito superior àquela em que é falada actualmente. Ao longo dos séculos, a língua foi, gradualmente, perdendo falantes, para o Quechua e para o Espanhol. Actualmente, muitas comunidades do Peru e da Bolívia que eram, inicialmente, falantes de Aymara, falam agora Quechua.

Fonte: Casa da América Latina

Tango

O tango nasce no final do século XIX, numa mistura de vários ritmos provenientes dos subúrbios de Buenos Aires, associado a bordéis e cabarés.
No início, o tango em público era apenas dançado por homens. Como a população imigrante era essencialmente masculina, só as prostitutas aceitavam dançar este tipo de música, mas, enquanto dança, não se circunscreveu às zonas pobres e bairros dos subúrbios. Estendeu-se também aos bairros mais ricos e passou a ser aceite na alta sociedade, principalmente depois da dança alcançar sucesso na Europa, e particularmente em Paris. A melodia fazia-se com recurso ao violino e violão e, numa fase inicial, também com flauta que foi mais tarde substituída pelo bandoneón (espécie de sanfona). Os imigrantes, na sua grande maioria gente pobre e com um fado difícil, transmitiram nostalgia e um ar melancólico para as músicas. Talvez por isso os portugueses se identifiquem tanto com o tango. Hoje, o tango é vivido com enorme paixão pelos seus praticantes, mas é antes de tudo um bilhete de identidade da alma portenha, algo que está inerente e que se respira em cada ruela da sua cidade berço, Buenos Aires. Um século de história O tango nasceu como expressão folclórica das populações pobres, oriundas de diversos países, que se misturavam nos subúrbios da cada vez mais cosmopolita Buenos Aires. Uma dança multicultural que se identifica com o povo português, o folclore, os bairros pobres, a nostalgia, assemelhando-se ao fado. Numa fase inicial era puramente dançante. Em público, apenas dançavam homens com homens. Naquele tempo era considerada obscena a dança entre homens e mulheres abraçados, sendo este um dos aspectos do tango que o manteve circunscrito aos bordéis. Mais tarde, o tango tornou-se uma dança tipicamente praticada nesse tipo de locais, sobretudo depois de a industrialização ter transformado as áreas dos subúrbios em fábricas, transferindo a miséria e os bordéis para o centro da cidade. Nessa fase as letras do tango reflectiam essa realidade e esse ambiente. Eram obscenas e violentas. Por volta de 1910, emigrantes argentinos chegam a Paris, levando consigo o tango. A sociedade parisiense da época ansiava por novidades e extravagâncias. O tango transformou-se numa febre na capital francesa e, como Paris era o ícone cultural de todo o mundo civilizado, depressa o tango alastrou ao resto da Europa. Os mais conservadores e moralistas condenavam o tango (assim como já tinham condenado a valsa), por o considerarem uma dança imoral. Meter a perna entre as pernas de uma senhora era ofensivo e obsceno. A própria alta sociedade argentina desprezava o tango, que só passou a figurar nos salões da classe alta, graças ao efeito de ricochete provocado pelas notícias que anunciavam o sucesso da dança em Paris. Em 1917 começaram a surgir variantes do tango. Uma delas, influenciada pela romança francesa, deu origem ao chamado tango-canção. A letra passa a ser parte essencial do tango e, consequentemente, surgem os cantores de tango. O tango já não é feito exclusivamente para dançar. “Mi Noches Tristes” é considerado o primeiro - ou pelo menos mais marcante nessa transição - tango-canção. Nos cabarés de luxo da década de 1920, o tango sofreu importantes modificações. Os seus praticantes já não eram pequenos grupos que actuavam nos bordéis, mas sim músicos profissionais que trouxeram o uso do piano e mais qualidade técnica e melódica. Carlos Gardel já era um estrondoso sucesso em 1928. Sucesso que durou até 1935 quando, em pleno auge, faleceu vítima de acidente de avião. Gardel cantava o tango em Paris, Nova Iorque e muitas outras capitais do mundo, sempre atraindo multidões, principalmente quando se apresentava na América Latina. A sua participação em filmes produzidos em Hollywood contribuiu também para a popularização do tango. A década de 40 é considerada uma das mais felizes e produtivas do tango. Os profissionais que tinham começado, nos anos 20, nas orquestras dos cabarés de luxo conheciam então um pico de popularidade. Nessa época as letras do tango passaram a ser mais líricas e sentimentais. A antiga temática dos bordéis e cabarés, de violência e obscenidades, era apenas uma recordação. A fórmula ultra-romântica passou a caracterizar as letras: a chuva, o céu, e a tristeza do grande amor perdido. Na década de 50, Astor Piazzolla rompe com a tradição tradicional, ao introduzir uma nova alma no tango, que passa a ter influências de Bach e Stravinsky ou mesmo de Cool Jazz. O tango ressuscitava. Nesta década, assiste-se à explosão do Rock’Roll em todo o mundo, mas é nos anos 60 que a revogação da lei de protecção à música nacional argentina contribui para o incremento de outros ritmos musicais na rádio e para o desinteresse da indústria discográfica. Com o desinteresse das editoras, o tango conhece um período de estagnação, que durará até à última década do século XX.


Fonte: Casa da América Latina

Salsa

A salsa é uma mistura de ritmos afro-caribenhos, tais como o mambo e a rumba cubanos.
A salsa nasceu em Cuba, por volta dos anos 60, como uma espécie de adaptação do mambo da década de 1950. Recebeu ainda influências do merengue (da República Dominicana), do calipso (de Trinidad e Tobago), da cumbia colombiana, do rock norte-americano e do reggae jamaicano.
Salsa, em castelhano, significa "tempero" e a adopção do nome quis transmitir a ideia de uma música com "sabor". O movimento que originou este novo estilo de música latinoa-mericana começou em Nova Iorque, quando um grupo de jovens músicos experimentou uma mistura de sons e ritmos, visando criar uma sonoridade que tivesse um "sabor" latino-americano. Com o hotel Saint-George, de Brooklyn (Nova Iorque), como centro de criação do ritmo, onde o grupo Lebron Brothers, de origem porto-riquenha entusiasmou o público no início dos anos 70, a salsa espalhou-se entre as comunidades latino-americanas nos EUA e Porto Rico, depois a Cuba, Venezuela, Colômbia e outros países de língua espanhola. Nomes como Tito Puente, Celia Cruz e Johny Pacheco tornaram-se os expoentes do género. Nos anos 80, a salsa é permeada pelo merengue da República Dominicana e também pela música disco. Nessa altura, surge uma nova geração de músicos como Frankie Ruiz, Eddie Santiago e Luis Henrique, que começam a mudar o panorama da música latina, criando a chamada "salsa erótica" - para muitos, uma traição do próprio caráter da salsa, machista, forte, ligada às ruas. No entanto, esta salsa erótica ou sensual trouxe nova atenção ao género.


Fonte: Casa da América Latina

Para Além do Medo - O Longo Adeus a Pinochet

Autor: Ariel Dorfman
Editora: Campo das Letras
Género: História
Ano: 2004
ISBN: 972-610-883-7
País: Chile
No dia 16 de Outubro de 1998, o mundo assistiu a uma notícia surpreendente: o General Augusto Pinochet fora detido pela Scotland Yard, em Inglaterra, e aguardava a extradição para Espanha, sob a acusação de tortura e genocídio.Começava assim o processo judicial sobre direitos humanos mais importante desde os julgamentos de Nuremberga.Pinochet, ditador do Chile entre 1973 e 1990, tornou-se o primeiro chefe de Estado do século XX a submeter-se a julgamento por um tribunal estrangeiro.Ariel Dorfman, escritor chileno que há vinte e cinco anos persegue a sombra hedionda dos crimes do general, acompanhou ao longo de quatro anos os avanços e retrocessos deste processo. A partir da reconstrução dos acontecimentos, o autor exprime a ideia de uma vitória do povo chileno e de todos os povos do mundo, na medida em que de futuro talvez não seja assim tão fácil aos ditadores escapar à responsabilidade do sofrimento infligido à humanidade.

Fonte: Casa da América

A Cidade e os Livros

Autor: Antonio Cicero
Editora: Quasi
Género: Poesia
ISBN: 989-552-155-3
País: Brasil
O País das Maravilhas Não se entra no país das maravilhas / pois ele fica do lado de fora, / não do lado de dentro. Se há saídas / que dão nele, estão certamente à orla / iridescente do meu pensamento, / jamais no centro vago do meu eu. / E se me entrego às imagens do espelho / ou da água, tendo no fundo o céu, / não pensem que me apaixonei por mim. / Não: bom é ver-se no espaço diáfano / do mundo, coisa entre coisas que há / no lume do espelho, fora de si: / peixe entre peixes, pássaro entre pássaros, / um dia passo inteiro para lá.

Fonte: Casa da América

Guia Triste de Paris

Autor: Alfredo Bryce Echenique
Editora: Teorema
Género: Contos
Ano: 2001
ISBN: 972-695-416-9
País: Perú



Fonte: Casa da América Latina

Che Guevara - Cidadão do Mundo

Autor: Adys Cupull
Editora: Campo das Letras
Género: Biografia
Ano: 1998
ISBN: 972-610-114-X
País: Cuba
"No lugar onde o assassinaram irão brotar duas fontes: a da liberdade e da justiça. Os índios bolivianos, os deserdados de um continente, murmurarão o seu nome, dirão que está vivo, que bate às suas portas porque tem sede e deixarão nas janelas um jarro com água para que Che beba ao passar. Porque irá passar e percorrer todo o continente e o seu nome fará a força do futuro, a alta estrela do Cruzeiro do Sul que chamará toda a América do Sul a erguer-se e lutar pela sua independência política e económica contra todos os domínios estrangeiros."María Teresa León


Fonte: Casa da América Latina

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Patrocínio de estatais para Fórum Social é de R$ 850 mil

Quatro empresas estatais contribuíram com R$ 850 mil para a organização do Fórum Social Mundial deste ano, que acontece até o dia 1º de fevereiro em Belém (PA).
Petrobrás (R$ 200 mil), Banco do Brasil (R$ 150 mil), Caixa Econômica (R$ 400 mil) e Eletronorte (R$ 100 mil) afirmam que a contrapartida do patrocínio foi publicitário --anúncios no material impresso do encontro e nos locais de palestras.
No caso do Banco do Brasil, houve também o acerto para que a instituição fosse o banco oficial do evento.
Nas placas espalhadas pela UFPA (Universidade Federal do Pará) e pela UFRA (Universidade Federal Rural da Amazônia), os dois principais locais onde o encontro acontece, a reportagem viu os logotipos da Petrobrás e da Caixa, mas nenhum da Eletronorte.
A questão de como bancar o fórum é polêmica. Como o encontro se pretende apartidário, há participantes que dizem que a vinculação com empresas gerenciadas pelo governo federal cria a possibilidade de que ele seja, do ponto de vista político, "chapa branca". Para ler a reportagem completa, clique aqui.


Fonte: Folha de S. Paulo

Lula, Chávez, Morales, Correa y Lugo no FSM

Brasi é nóticia na Bolívia, o jornal Hoy Bolívia colocou em matéria de destaque a participação dos cinco presidentes no FSM.
Este viernes se cumple el cuarto día de jornada del Foro Social Mundial que se celebra en la ciudad brasileña de Belém, con la asistencia de cinco presidentes latinoamericanos quienes reiterarán el llamado a preparar una ofensiva ideológica, política y económica antineoliberal para la integración regional. Para ler a reportagem completa, clique aqui.

Fonte: Jornal Hoy Bolivia 2009

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Peru- A espera por um milagre

O governo peruano informou que espera dos EUA (...) a regulamentação exigida para implementar o tratado de livre comércio com o Peru. O lucro do setor peruano de mineração caiu entre 50% e 60% em 2008 em comparação com o ano anterior (...).Luis Valdivieso, ministro peruano da Fazenda e Economia, pediu demissão após seis meses no cargo (...).Uma mudança ambiental radical -com terremotos e inundações- é o que provavelmente aniquilou a cultura de Caral-Supe, no Peru, uma das primeiras grandes civilizações sul-americanas. Um estudo publicado hoje mostra como esse povo, que ocupou o norte do país por 2.000 anos, abandonou a região de forma abrupta, em apenas 200 anos. O principal fator foi uma alteração natural no ciclo climático ocorrida há 3.600 anos, com intensos El Ninõs, diz um estudo publicado hoje na revista "PNAS", liderado pelo antropólogo Daniel Sandweiis, da Universidade do Maine (EUA). (...)

Foto: Presidente Lula e o Presidente do Peru Alan García

Fonte: The New York Times, 2009

ex-presidente de Cuba Fidel Castro, texto para empresa

Fidel analisa Obama e diz que poderá não ver fim do mandato.

Convalescente Fidel Castro assinou seu primeiro texto para a imprensa cubana desde que se intensificaram os boatos sobre a piora de sua saúde. Na "reflexão" postada anteontem num site oficial, ele disse não duvidar de que Barack Obama se expressa com honestidade, mas que há "muitas perguntas" sobre seu governo."[Eu] me perguntava: como poderia um sistema esbanjador e consumista por excelência preservar o ambiente?", escreveu, em referência à promessa do presidente dos EUA de combater o aquecimento global.O texto do ex-ditador versou sobre o encontro dele com a presidente argentina, Cristina Kirchner, anteontem, primeiro compromisso seu noticiado em quase dois meses. Ontem, Cristina disse na Venezuela que o cubano a recebeu "de pé, como um cavalheiro".O encontro e o texto vieram após rumores de que Fidel, afastado do poder desde 2006 e substituído pelo irmão, Raúl Castro, estaria à beira da morte.Em novo texto publicado na internet ontem à noite, Fidel faz referência indireta aos boatos. Ele assegura que está bem, mas diz que não espera estar vivo quando Obama completar o mandato, daqui a quatro anos. E pede ao atual governo cubano que siga trabalhando. "Estou bem, mas insisto: nenhum deles deve se sentir comprometido por minhas eventuais Reflexões, minha gravidade ou minha morte", escreveu, referindo-se aos funcionários do Partido Comunista e do Estado.Fidel explica que ficou um tempo sem escrever "para não interferir nem causar estorvo aos companheiros do Partido e do Estado nas decisões frequentes que devem tomar".

Fonte: Folha de São Paulo, 23/01/2009.

Presidente colombiano Álvaro Uribe


Os setores público e privado da Colômbia planejam gastar US$ 24,6 bilhões em projetos de infra-estrutura em 2009, o equivalente a 10,7% do PIB, informou o governo.
Foto: Álvaro Uribe
Fonte:The Wall Street Journal Americas, 2009

Presidente boliviano


Morales celebra três anos no poder.....

No último dia de campanha para aprovar uma nova Constituição, que vai a referendo neste domingo, o presidente boliviano, Evo Morales, lançou um jornal estatal, fez no Congresso um balanço sobre seus três anos de governo, voltou a se indispor com a representação diplomática dos EUA e admitiu que dificilmente alcançará a meta de "cocaína zero".No primeiro compromisso, às 7h30 da manhã, Morales apresentou no Palácio Quemado, em La Paz, o jornal "Cambio" (mudança), sua resposta ao difícil relacionamento com os meios privados -no mês passado, o presidente boliviano disse que apenas "10% dos jornalistas devem ter dignidade".O novo jornal tem uma circulação nacional diária de apenas 5.000 exemplares, num país com cerca 9 milhões de habitantes, a um preço equivalente a R$ 0,66, menos da metade de seus concorrentes.Na capa, uma foto de Morales acompanhado de crianças e a manchete "Bolívia caminha para a sua refundação". Dentro, o destaque era uma entrevista com o próprio presidente - a pergunta mais crítica era "Na avaliação dos três anos de sua gestão, o que o senhor poderia mencionar de ruim?"."Agressões, humilhações e mentiras após mentiras de alguns meios de comunicação nos obrigaram a criar este diário", disse Morales ontem. Para ler o texto completo clique aqui

Foto: Hugo Chavez, Fidel Castro e Evo Morales.
Fonte: Fabiano Maisonnave
Folha de São Paulo,2009.

Augusto César Sandino (1893-1934)


Ex-cortador de cana e mecânico, foi trabalhando nas minas de ouro e prata que Sandino conheceu a realidade da população mais pobre da Nicarágua, bem como percebeu que a economia e a política de seus país eram dominadas pelos EUA, por meio de empresas e governos tampões. A dura vida nas minas e a repressão do exército contra as revoltas dos mineiros foram gerando a consciência revolucionária e opositora aos norte-americanos no jovem Sandino, até que, em 1926, ele iniciou um movimento guerrilheiro na região mineradora, ao norte do país. Depois de uma série de derrotas, os guerrilheiros conseguiram se recuperar e vencer as forças militares enviadas pelo governo, avançando em direção ao centro. Ao mesmo tempo, os camponeses dos latifúndios de café da região sul, e os trabalhadores da capital, Manágua, se levantaram em apoio a Sandino. Os lemas revolucionários eram expulsar os norte-americanos da Nicarágua e melhorar as condições de vida da população.
Diante da intensa movimentação e da ameaça de perder seu domínio, os EUA intensificaram a repressão contra a Nicarágua, exigindo que o governo eliminasse os focos guerrilheiros ao mesmo tempo que enviava tropas para combatê-los. De tão dura e violenta, a ação norte-americana provocou protestos na própria opinião pública do país, levando os EUA a promover uma retirada estratégica do país. No entanto, deixaram como herança a Guarda Nacional, um corpo militar que garantia o poder yankee em território nicaragüense comandada à época por Anastacio Somoza.
Fonte: Klepsidra.net

Simón Bolívar (1783 – 1830)

Apesar de fazer parte do século XIX, é impossível falar de América Latina sem se falar de Simón Bolívar. Conhecido como El Gran Libertador, Bolívar foi o primeiro líder a defender e buscar uma unidade latino-americana. Filho de comerciantes que residiam na atual Venezuela, Bolívar teve uma vida cercada de luxos e conforto. Ainda jovem, foi enviado à Europa para estudar, tomou contato com os ideais libertários da Revolução Francesa e, em 1807, voltou à Venezuela, disposto a organizar batalhões militares para promover a independência da colônia. Após combates de dois anos, favorecidos pela fraqueza do exército espanhol, cuja maioria fora enviada para lutar contra a invasão napoleônica na Espanha, Bolívar libertou a Venezuela em 1809. Seu sonho, agora, era expandir a liberdade para todo o continente. Para tanto, formou novos exércitos e aliou-se a militares que já promoviam movimentos de libertação em outras comarcas, como o uruguaio José Artigas e o argentino José de San Martín. Recrutando populares como soldados e dividindo as áreas de atuação, os três generais gradualmente proclamaram a independência dos territórios, até a expulsão definitiva dos espanhóis.

Foto: Simón Bolívar

Fonte: Klepsidra.net

Revolução Peruana


O caso peruano foi atípico em todos os sentidos, e gera diferentes interpretações até hoje na historiografia do país. Em outubro de 1968, uma junta militar liderada pelo general Juan Velasco Alvarado derrubou o presidente Belaúnde Terry e instalou-se no poder. Seu lema, expresso no "Estatuto do Governo Revolucionário", se resumia a três pontos: tornar a estrutura do Estado mais dinâmica para modernizar o país; dar níveis de vida superiores à população desassistida; e desenvolver no povo e na economia uma mentalidade nacionalista e independente perante as potências estrangeiras. Quem lê tais tópicos pode estranhar como um grupo de militares, tradicionalmente conservadores, limitados à força bélica e de pouca instrução, poderia se preocupar com assuntos tão complexos. A explicação é simples. Desde os anos 40, influenciados pela força demonstrada pelo exército norte-americano na Segunda Guerra, os militares peruanos começaram a interferir na política nacional, chegando ao poder em 1945 com um golpe liderado pelo general Manuel Odría. Este promoveu um gradual processo de abertura até 1952, quando foram realizadas eleições livres. No entanto, os militares continuaram a representar uma "eminência parda" na presidência, interferindo nas decisões presidenciais e no andamento do processo político.
Foto do ex-presidente Alberto Fujimori
Fonte: Klepsidra.net

Revolução Méxicana


O acontecimento mexicano é descrito como a primeira grande mobilização social da América Latina no século XX. O processo começou como uma autêntica revolução, isto é, com o objetivo de promover uma transformação estrutural na sociedade, para depois normalizar-se e garantir algumas mudanças que não representam um processo completo de modificação. Tanto é verdade que até hoje existem movimentos sociais que buscam retomar o ideal da Revolução Mexicana para completá-la e transformar a estrutura social e produtiva da sociedade do país. A guerrilha no Estado de Chiapas, ao mesmo tempo que protesta contra o imperialismo norte-americano e contra a pobreza da região, luta por uma reforma agrária justa e pela memória de Emiliano Zapata, líder da revolução do começo do século que ecoa no México até hoje.
Fonte: Klepsidra.net

Revolução Cubana

O processo liderado por Fidel Castro é descrito até hoje como a mais radical mudança política no cenário latino-americano. Afinal, Cuba tornou-se, a partir de 1959, o primeiro país socialista do mundo ocidental e o único em que tal regime sobreviveu, quebrando a hegemonia norte-americana no continente e o "anti-comunismo" que esse domínio pregava e combatia – o golpe militar de 1954 contra o presidente Jacobo Arbenz, de tendências socialistas, na Guatemala, expressa bem isso. Hoje, mesmo com a queda do mundo soviético, o país insiste em se denominar socialista e resiste a uma total abertura econômica, guiada pelos organismos internacionais como FMI e Bird.


Foto: Fidel Castro

Fonte: Klepsidra.net

Revista Desarrollo Económico dos anos sessenta

O artigo analisa a historiografia sobre a América Latina, publicada no periódico
argentino Desarrollo Económico  Revista de Ciencias Sociales, durante os anos
sessenta do século passado, relacionando-a com a conjuntura política e o pensamento
desenvolvimentista do período. Identifica os temas predominantes nos artigos
publicados sobre a história latino-americana, destacando a questão da propriedade da
terra, a influência da Revista Annales, o predomínio da história econômica e social e das
novas metodologias de investigação utilizadas pelos historiadores. Na conclusão,
ressalta a perspectiva do latino-americanismo, presente na maioria dos artigos
historiográficos publicados na Revista, bem como para o fato de muitos deles estarem já
vinculados às tendências atuais da historiografia Argentina e latino-americana.
Para ler o texto completo,
clique aqui

Fonte: Revista Desarrollo

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Breve história do Brasil



Em 22 de abril de 1500 chegava ao Brasil 13 caravelas portuguesas lideradas por Pedro Álvares Cabral. A primeira vista, eles acreditavam tratar-se de um grande monte, e chamaram-no de Monte Pascoal. No dia 26 de abril, foi celebrada a primeira missa no Brasil.
Após deixarem o local em direção à Índia, Cabral, na incerteza se a terra descoberta tratava-se de um continente ou de uma grande ilha, alterou o nome para Ilha de Vera Cruz. Após exploração realizada por outras expedições portuguesas, foi descoberto tratar-se realmente de um continente, e novamente o nome foi alterado. A nova terra passou a ser chamada de Terra de Santa Cruz. Somente depois da descoberta do pau-brasil, ocorrida no ano de 1511, nosso país passou a ser chamado pelo nome que conhecemos hoje: Brasil.
A descoberta do Brasil ocorreu no período das grandes navegações, quando Portugal e Espanha exploravam o oceano em busca de novas terras. Poucos anos antes da descoberta do Brasil, em 1492, Cristóvão Colombo, navegando pela Espanha, chegou a América, fato que ampliou as expectativas dos exploradores. Diante do fato de ambos terem as mesmas ambições e com objetivo de evitar guerras pela posse das terras, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Tordesilhas, em 1494. De acordo com este acordo, Portugal ficou com as terras recém descobertas que estavam a leste da linha imaginária ( 200 milhas a oeste das ilhas de Cabo Verde), enquanto a Espanha ficou com as terras a oeste desta linha.
Mesmo com a descoberta das terras brasileiras, Portugal continuava empenhado no comércio com as Índias, pois as especiarias que os portugueses encontravam lá eram de grande valia para sua comercialização na Europa. As especiarias comercializadas eram: cravo, pimenta, canela, noz moscada, gengibre, porcelanas orientais, seda, etc. Enquanto realizava este lucrativo comércio, Portugal realizava no Brasil o extrativismo do pau-brasil, explorando da Mata Atlântica toneladas da valiosa madeira, cuja tinta vermelha era comercializada na Europa. Neste caso foi utilizado o escambo, ou seja, os
indígenas recebiam dos portugueses algumas bugigangas (apitos, espelhos e chocalhos) e davam em troca o trabalho no corte e carregamento das toras de madeira até as caravelas.
Foi somente a partir de 1530, com a expedição organizada por Martin Afonso de Souza, que a coroa portuguesa começou a interessar-se pela colonização da nova terra. Isso ocorreu, pois havia um grande receio dos portugueses em perderem as novas terras para invasores que haviam ficado de fora do tratado de Tordesilhas, como, por exemplo, franceses,
holandeses e ingleses. Navegadores e piratas destes povos, estavam praticando a retirada ilegal de madeira de nossas matas. A colonização seria uma das formas de ocupar e proteger o território. Para tanto, os portugueses começaram a fazer experiências com o plantio da cana-de-açúcar, visando um promissor comércio desta mercadoria na Europa.

Breve história do México


O México é um país com uma história bastante complexa, há indícios de povos que habitavam a região há mais de 20.000 anos. Durante a época pré-hispânica, houve o apogeu das civilizações olmeca, azteca, teotihuan, zapoteca e maya, que durou aproximadamente 4.000 anos antes dos habitantes nativos entrarem em contato com a civilização européia. Os primeiros habitantes da região que hoje conhecemos como México, construíram observatórios, desenvolveram um calendário com 365 dias, construíam aquedutos, utilizavam hieróglifos para escrever, fizeram avanços em matemática e conheciam a álgebra. Em 1519, o espanhol Hernán Cortez chegou à ilha de Cozumel e, de lá, se deu a invasão do atual território mexicano. Tenochtitlán, capital do império azteca, foi destruída a partir de 1520, sobre suas ruínas foi construída a atual capital do México, Cidade do México. Junto dos militares espanhóis, chegaram, em 1524, também missionários (frades franciscanos) que convertiam os indígenas à fé católica.A colônia não desejava mais enviar riquezas para Espanha, este foi o maior motivo para a declaração da independência mexicana. Foram feitos movimentos e levantes que logo foram abafados. Na madrugada de 16 de setembro de 1810, o padre Miguel Hidalgo y Costilla, prendeu as autoridades locais na cadeia e pôs os presos nas ruas. Depois, durante uma missa, conclamou a população a derrubar o governo, fato que foi denominado grito da independência, realizado em um povoado chamado Dolores. A república foi proclamada em 1824.Entre 1846 e 1848, durante a guerra com os Estados Unidos o México perdeu uma série de territórios localizados no norte do país: áreas que, hoje, comprendem os estados do Texas, Nevada California, Utah e Novo Mexico. Durante o Porfiriato, período de 31 anos (1876-1911) de governo do general Porfirio Díaz (interrompido apenas entre 1880 e 1884 quando Manuel González ascendeu ao poder), foram construídos 19.000 km de vias férreas, deu-se a integração mexicana através dos telégrafos, foram realizados investimentos estrangeiros e a industria nacional foi impulsionada. A revolução mexicana, responsável pelo fim do porfiriato, foi liderada por Zapata e Villas, ocorreu em 1910 e custou a vida de 10% da população daquela época. O Partido revolucionário institucional (PRI) dominou a cena política mexicana entre 1929 e 2000, todos os presidentes eleitos neste período pertenciam ao PRI, até que, em 2000, Vicente Fox Quesada foi eleito pelo Partido da Ação Nacional do México. O México passou por uma séria crise econômica, em 1994, devida à falta de competitividade das empresas mexicanas face à instalação de empresas norte-americanas, pertencentes ao NAFTA, que se instalaram no país. Cerca de 200 mil mexicanos perderam seus empregos. O México precisou de ajuda externa e os EUA fizeram um empréstimo a aquele país de 29 bilhões de dólares. No final da década de 90, o México foi o país que mais cresceu na América Latina.